quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

PEDOFILIA NA IURD DO VATICANO


Padre é flagrado fazendo sexo e será indiciado por estupro de menor



Não é só no Vaticano que a Igreja Católica vive às voltas com denúncias de escândalos sexuais. Em Niterói (RJ), a Polícia Civil indiciará um padre por estupro de vulnerável. Ele teria abusado de uma menina, hoje com 10 anos, quando ela ainda tinha 7 anos. Mas não foi só: de acordo com depoimentos prestados na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Niterói, Emilson Soares Corrêa também manteve relações sexuais com outra menor, sua afilhada e irmã da outra vítima, desde quando ela tinha 13 anos.
Emilson, de 56 anos, era o responsável pela paróquia da Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, no bairro do Cubango. Uma das vítimas era coroinha da igreja e foi batizada, aos 13 anos, pelo padre, que também foi o padrinho de batismo. A partir do batizado, “o padre passou a aliciá-la e tocá-la em suas partes íntimas em troca de presentes como sorvetes, chocolates e passeios”, conforme relatou a vítima, hoje com 19 anos, à polícia.
O jornal Extra teve acesso a um vídeo, feito pela vítima, que mostra Emilson fazendo sexo com uma adolescente em plena casa paroquial. Segundo a vítima, que armou a situação para denunciar o padre, a garota teria 15 anos.
A denúncia foi levada à delegacia pelo pai das meninas. Segundo ele, foi sua ex-mulher que flagrou a filha mais velha discutindo com o padre. Na ocasião, ela revelou à mãe que se relacionava sexualmente com o padrinho.
“Quando soube que minha filha mais velha estava sendo abusada, perguntei à mais nova se havia ocorrido algo com ela. Ela disse que durante um passeio a um sítio, quando tinha sete anos, o padre tocou em sua partes íntimas”, contou ele.

Envolvimento emocional

Em petição enviada à delegacia, Emilson confessa ter mantido relações sexuais com a mais velha das duas irmãs, mas só a partir de quando ela completou 18 anos. Segundo o texto, ele “se sentiu envolvido emocionalmente” com a menina.
A delegada Marta Dominguez, que abriu o inquérito, explica que a denúncia só leva em consideração o estupro da irmã mais nova. Segundo ela, o caso da outra menina não se enquadra no crime: a vítima já tem mais de 14 anos, e não ficou provado que houve ameaça.

Suspensão

Diante da denúncia, a Arquidiocese de Niterói informa que decidiu pela “suspensão temporária do sacerdote”. Atualmente, o padre não é responsável por nenhuma paróquia. O órgão também alegou, em nota, que a acusação está sendo investigada e que “o próprio sacerdote levou a denúncia ao conhecimento do Ministério Público, para que apure a veracidade ou não da mesma”.
A delegada Marta Dominguez disse que só aguarda um depoimento do pai das vítimas para encerrar o inquérito. O padre foi procurado em quatro números de telefone – inclusive aqueles citados em seu depoimento – mas não foi encontrado.
Segundo a delegada Marta Dominguez pode haver estupro, mesmo sem sexo. “Ainda falta fechar o inquérito. Quero ouvir o pai das vítimas mais uma vez. Mas, em relação à irmã mais nova, houve estupro de vulnerável. No caso da mais velha, não é possível enquadrá-lo no crime”, disse.
Ainda segundo a delegada, “não há nenhuma prova que o padre tenha ameaçado ou violentado ela. Sem contar que ela afirma, em depoimento, ter filmado o padre fazendo sexo com ela quando já tinha mais de 18 anos”.
A irmã mais nova fez exame de corpo de delito e, no resultado, comprovou-se que ela ainda é virgem. “Mas o relato da menina, em que ela afirma que o padre tocou em suas partes íntimas, já basta para a concretização do crime”, afirmou Marta Dominguez.

Flagrante

O pai das vítimas, em depoimento, diz que armou com a filha o flagrante do padre: ele afirma que “determinou que sua filha mantivesse relação sexual com o acusado e filmasse com o telefone celular”.
No vídeo, filmado pela vítima, já com 19 anos, uma menina faz sexo com o padre na casa paroquial, nos fundos da igreja. Ao fundo, é possível ver uma reprodução da Santa Ceia. Segundo o denunciante, a menina que aparece no vídeo teria 15 anos.
O pai das duas vítimas afirmou, em depoimento, que, no dia 22 de novembro do ano passado, chamou o padre em sua casa e, exigindo explicações, mostrou o vídeo. Ele relata que, na ocasião, o padre pediu perdão.

Arquidiocese

Em seu depoimento à polícia, o pai das vítimas também conta que levou o vídeo ao arcebispo de Niterói, Dom José Francisco Rezende Dias para que fossem tomadas providências em relação ao caso. Segundo o relato, o arcebispo estava acompanhado de dois advogados na ocasião. No final do diálogo, na saída da Arquidiocese, o pai afirma que “percebeu que estava sendo seguido por dois homens que se encontravam no local”.


Fonte: Extra

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