Ao aderir ao Bang With Friends, criado
por três jovens da Califórnia (EUA) que preferem não se identificar, o usuário
visualiza sua lista de amigos do Facebook. Ele, então, deve escolher com quais
gostaria de manter relações sexuais. O desejo, é claro, só será realizado se
houver interesse de ambas as partes. Um e-mail, então, é enviado aos dois
usuários, para que o assunto vá adiante. “Queremos um aplicativo de namoro para
nossa geração. Não devemos ter vergonha de nossa vontade”, afirmou um dos
criadores.
Brasileiros já experimentam a
ferramenta. “Temos ouvido de usuários do país que o serviço tem funcionado
perfeitamente”, explica o responsável pelo serviço. “Queremos mais feedbacks
desse público.”
Manter a popularidade inicial,
contudo, não será nada fácil. A mesma receita que leva aplicativos da maior
rede social do planeta a atingir o topo dos favoritos pode explicar seu ocaso.
Bang With Friends tem tudo para seguir o caminho já trilhado por serviços como Draw Something e Farmville. A razão é
simples: esses programas se apoiam em enredos simplórios que carecem de
atualização. Ou seja, não oferecem novos desafios a seus usuários. A menos, é claro,
que a conquista de novos parceiros se torne um desafio aos usuários do Bang
With Friends…
Os tropeços dos aplicativos
precedentes podem ser compreendidos em números. Nos dois primeiros meses, o
Draw Something (adquirido por 200 milhões pela empresa de jogos Zynga)
conseguiu a adesão de mais de 36 milhões de usuários do Facebook, número que
foi reduzido a apenas 9 milhões em dezembro de 2012, uma queda de 75% em apenas
sete meses. A Zynga, por sinal, sofre com a queda de acesso a esses games.
Recentemente, mais de 100 funcionários foram demitidos, um escritório em
Boston, nos Estados Unidos, foi fechado e onze jogos sociais foram
descontinuados.
Há ainda outro fator
que pode atrapalhar os planos dos criadores do Bang With Friends: a mobilidade.
O serviço ainda não possui uma versão para dispositivos móveis – algo que já
está nos planos dos fundadores –, terreno já dominando por outras ferramentas
que não têm o mesmo objetivo, mas ficaram popularmente conhecidas pelo
comportamento de “sexting” — quando pessoas usam seus smartphones para disparar
mensagens relativas a sexo, casos do Snapchat e Poke. Trilhar um caminho de sucesso, portanto, não será fácil.
Fonte:VEJA
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